segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma testemunha vida do grande incêndio de 1966

Em Setembro de 1966 a Serra de Sintra foi parcialmente consumida pelo fogo. Um grande incêndio com origem na zona da Lagoa Azul/Penha Longa subiu aos píncaros da Serra, e através da zona de Vale-Flor atingiu a Tapada do Mouco e mais a ocidente o Convento dos Capuchos.

O Conventinho esteve cercado pelas chamas, mas acabou por ser poupado a uma destruição certa. O esforço humano teve nesta salvação do Convento grande importância, e nunca será de mais prestar homenagem aos homens e mulheres que tudo deram de si - incluíndo a vida - para proteger o que é de todos: o património natural e edificado da Serra de Sintra.

Diz quem lá esteve que as chamas chegaram a escassos metros do Convento, e que o famoso plátano do Terreiro das Cruzes viu alguns dos seus ramos mais longos chamuscados pelo fogo. Todavia, a principal testemunha viva dos acontecimentos de Setembro de 1966 nos Capuchos é a enorme Sequóia que se ergue dentro da cerca do Convento, não muito longe da Capelinha do Ecce Homo, ou de São Sebastião, a caminho da porta de pedra da zona mais alta intramuros.

Trata-se de uma árvore notável, uma das últimas Sequóias do Convento. Quem a observar de perto, contornando-a, verificará que na sua base ainda se encontram impressas na madeira as marcas do fogo devastador.

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